sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Janela
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Eu me vejo no espelho da mesma maneira que você me olha e vê um quadro de Miró?
A vida é de uma insignificância bastante significativa. Eu nunca me admirei, talvez até seja, as vezes, admirado por alguma coisa, mas eu ficar orgulhoso por ser eu nunca aconteceu. Os outros sempre me pareceram perfeitos e eu não. Cresci retraído. De quem é a culpa? Acho que minha não é, ou será?
A vida é de uma insignificância bastante significativa. Eu nunca me admirei, talvez até seja, as vezes, admirado por alguma coisa, mas eu ficar orgulhoso por ser eu nunca aconteceu. Os outros sempre me pareceram perfeitos e eu não. Cresci retraído. De quem é a culpa? Acho que minha não é, ou será?
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Trabalho
Sentado em sua mesa de trabalho ele não sabia se era bom ou ruim não ter mais trabalho a ser feito aquele dia. A preguiça de inventar algo produtivo para passar o tempo ocioso se chocava com sua consciência de bom cidadão trabalhador. Nunca soubera realmente o que queria, todas as escolhas que fizera até aquele momento de sua vida resultavam menos de suas atitudes e vontades concretas, que de um condicionamento invisível que o mantinha prisioneiro.
Pôs-se ele a pensar sobre sua própria existência, que a princípio ele gostava de chamar 'vida'. Mas até para se indagar ele mantinha a mesma atitude clichê. Não estava acostumado a questionar nada, nunca houvera refletido sobre isso, acreditava que tudo era uma verdade incontestável. As coisas existiam, simplesmente, e cabia às pessoas, como ele, aceitar isso. Seus pensamentos viajaram, o levaram a lugares desconhecidos de si mesmo. Assustado ele olhou fixamente o monitor de seu computador a sua frente e desculpou-se:
- Tenho trabalho a fazer.
Pôs-se ele a pensar sobre sua própria existência, que a princípio ele gostava de chamar 'vida'. Mas até para se indagar ele mantinha a mesma atitude clichê. Não estava acostumado a questionar nada, nunca houvera refletido sobre isso, acreditava que tudo era uma verdade incontestável. As coisas existiam, simplesmente, e cabia às pessoas, como ele, aceitar isso. Seus pensamentos viajaram, o levaram a lugares desconhecidos de si mesmo. Assustado ele olhou fixamente o monitor de seu computador a sua frente e desculpou-se:
- Tenho trabalho a fazer.
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