sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Palavras

Ei palavras!
Onde vocês se escondem?
Estou me cansando de procurá-las. Não fujam de mim.
Por favor. Eu preciso de vocês.
Preciso de todas, não só dessas que já consegui prender.
Não poderei agüentar com essa insegurança de que podem me abandonar.

ler

Li um texto de um escritor americano que me surpreendeu com seu conteúdo, na verdade não sei direito se o que mais me interessou foi o conteúdo por si ou o fato de ele ter se enforcado há pouco tempo. Não me lembro o primeiro nome dele, alguma coisa Wallace.
Por que as coisas vindas de seres que existiram e não mais existem, os mortos, são mais interessantes? Parecem de certa forma um tanto mais misteriosas, talvez seja isso...
Voltando ao conteúdo.
Ele diz que por conta de nossa configuração padrão tendemos a ver as coisas egocentricamente, nos colocamos no centro do mundo.
"Ele tem razão", pensei.
Depois disso me pus a observar as pessoas procurando me pôr em seus lugares. Ao cruzar por uma pessoa e olharmos a ela, fazemos uma análise instantânea dela por sua aparência.
- Nossa! Que gorda!
- Coitado. Tão feio.
- Não vou olhar, ele vai me pedir esmola;
Após essa análise automática revido:
- E se eu fosse ela? Será ela feliz ou infeliz? Acho que tem muito mais semelhanças comigo que eu imagino.
Me pergunto: qual a sensação de sentir a morte chegando? Realmente a morte é algo fascinante. Se foi o texto que é bom, de qualquer forma é texto de um morto.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Incompleto complexo pensamento

Hoje é um daqueles dias em que nos pegamos pensando, pensando e pensando. Mas não é um pensar automático, bem, acho que não. O pensar automático é aquela coisa que não conseguimos nos desvencilhar, seja fazendo qualquer besteira está por se pensar, porém existe outras formas de se pensar (quem sou eu para dizer isso? não importa, eu digo). Como eu já disse, me peguei pensando, cheguei à conclusão de que o pensamento é algo muito efêmero, em um segundo ele já não é mais como fôra, então resolvi registra-lo escrevendo-o.
Certa amiga uma vez me disse que tenho idéias interessantes, que eu deveria registrá-las, apesar do tempo que levei considerando, aqui estou por uma segunda vez em um espaço totalmente destinado às minhas palavras, recordações, devaneios e tudo o mais que eu queira deixar gravado. Acho que estou feliz por isso. Falando nisso me deu vontade de dizer que a felicidade é como o pensamento, efêmera. Pudera, tudo que imaginamos existir passa pelo crivo de nossos pensamentos, e nada poderia existir se não déssemos conta de pensá-lo, pois de nada adianta algo se ele não pode ser compreendido por outro algo (no caso nós).
Uma característica que talvez seja interessante em meus escritos, é a total imprevisibilidade (será que essa palavra existe?) do resultado final. Pode ser. Tudo fica imcompleto.